O seu filho ou neto tem asma? Com o seu chiado severo, são prescritos medicações como inalantes, cápsulas e líquidos… Você gostaria de eliminar o chiado e ao mesmo tempo descobrir a causa do problema? Sabia que isso normalmente não começa no pulmão?
Suas chances de eliminar completamente a asma do seu filho ou neto são um pouco acima de 50% ou um pouco mais, e cerca de 80% de ao menos, melhorar as condições gerais da sua criança.
No mais, 10% não respondem bem, e outros 10% não respondem.
Você quer tentar?
O problema começa no estômago!
Em 1931, Dr. George Bray, do Hospital Great Ormond Street, em Londres, avaliou o tratado de Asma publicado pelo Dr. John Floyer, em 1698, que dizia que o problema estava num defeito do processo digestivo e que isso causaria a Asma.
Resolveu então realizar análises fracionadas do suco gástrico medindo a acidez gástrica, através de bombeamento do estômago com um tubo. Analisou 200 crianças asmáticas, entre 6 meses e 12 anos.
Ele observou que 9% não apresentavam acidez estomacal (acloridria), 48% tinham pronunciada hipocloridria (baixa acidez gástrica), e 23% apresentavam leve acloridria. Isso perfazia 80%, e os 20% restantes eram normais em termos de produção de acidez gástrica.
Além disso, o Dr. Bray, checou 50 crianças saudáveis usando o mesmo teste, observando que menos de 10% tinham algum grau de hipocloridria. Cerca de 4 anos mais tarde, Dr. Marjorie Gillespie publicou seus trabalhos aonde mostrava a frequência de hipocloridria em indivíduos asmáticos de acordo com a idade. Ela observou que entre as idades de 1 a 10 anos cerca de 88% tinham baixa acidez gástrica.
Entre 11 e 15 anos, 4% tinham baixa acidez; entre 6 de 10 anos esse número subia para 60%; enquanto entre 16 e 20 anos, só 7% tinham esse problema. Possivelmente, não por coincidência, crianças asmáticas apresentam cura espontânea de seus chiados na fase final da adolescência.
Entretanto, depois dos 21 anos, a porcentagem de asmáticos que sofrem de baixa acidez estomacal novamente aumenta entre 41 e 66%, dependendo da década de vida.
Com isso, fica claro que entre indivíduos não alérgicos a incidência de hipocloridria é mais baixa na infância, e aumenta com a idade. Mas essa situação é diferente nos indivíduos alérgicos, com a maior incidência nos grupos jovens (particularmente nas crianças que sofrem de Asma e Eczema), reduzindo a incidência no final da adolescência e voltando a aumentar novamente com a idade – mas numa proporção muito maior entre os alérgicos do que os não alérgicos.
Chiado eliminado completamente em 83% dos casos
O indício seguinte foi encontrado em uma série de publicações mostrando o uso de vitamina B12 para o alívio do chiado asmático.
É uma conexão entre baixa função estomacal e absorção de vitamina B12, particularmente dos alimentos. Essa vitamina é quase que exclusivamente encontrada na proteína animal, e deve inicialmente ser separada do resto do alimento pela ação da acidez estomacal e pepsina.
A camada do estomago que secreta ácido hidroclorídrico também produz fator intrínseco, uma molécula que deve ser ligada à molécula de vitamina B12 antes que possa ser absorvida eficientemente pelas células da mucosa do intestino delgado.
É por isso que o uso de injeções de B12 tem ação efetiva conforme envelhecemos e apresentamos cada vez mais hipocloridria. Mas como as crianças, especialmente as pequenas, ficam com hipocloridria tão importante?
O que acontece nas suas vilosidades intestinais?
Controle a alergia alimentar e se livre da asma
Colocando essas ideias juntas, fica claro de forma resumida o passo a passo da evolução da asma: alergia severa que leva a agressão estomacal, causando má absorção de vitamina B12.
Com isso, vem o chiado asmático.
Portanto, toda criança com Asma deve fazer um teste alérgico para se definir esse primeiro passo.
Além disso:
- Injeções de B12 1000 mcg por semana, até os sintomas melhorarem, e então ir espaçando as aplicações.
- Ômega 3, potente anti-inflamatório.Na Asma, os pulmões estão inflamados e o óleo de peixe reduz ou mesmo elimina a inflamação.
- Magnésio reduz o chiado asmático por ajudar a relaxar a musculatura brônquica. Pode ser usado também na inalação para aliviar espasmo bronquial.
- Vitamina B6, que ajuda o magnésio a agir e por si só já reduz a crise asmática.
- Vitamina C ajuda na melhora da imunidade.
- Vitamina D é importante na melhora imunológica também.
Referências bibliográficas:
- Discovery Reports Canada October 24, 2006
- Journal of Allergy and Clinical Immunology August 29, 2011
- Journal of Allergy and Clinical Immunology June 8, 2010
- The Journal of Allergy and Clinical Immunology January 2015, Vol 135, Issue 1, Pag 56-62.e2